Oftalmologia

Se o olho é a janela que nos liga ao mundo, cuidar da nossa visão é essencial para a nossa saúde.

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O que é a Oftalmologia?

A oftalmologia é uma especialidade da medicina que se dedica ao estudo anatomofisiológico do olho e ao tratamento das doenças oculares, detetando e corrigindo os distúrbios que possam afetar a visão como a catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética (consequência da diabetes) e alterações relacionadas com a idade.

Marque a sua consulta de oftalmologia, em Coimbra ou Lisboa, e não se esqueça que a prevenção é sempre o melhor remédio!

A miopia, a hipermetropia e o astigmatismo são os erros refrativos que podem ser acompanhados/tratados pelo seu oftalmologista.

Equipa

Direção clínica

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Prof. Doutor Eugénio Leite

Diretor Clínico, Médico Oftalmologista, Cirurgião

Apelidado de Pai da cirurgia a Laser em Portugal, foi pioneiro na introdução da cirurgia a Laser para erros refrativos e para a catarata, no tratamento a laser para o olho seco e para o glaucoma e na realização de angiografias sem o uso de contraste, entre muitas outras técnicas.

Corpo clínico

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Prof. Doutor Eugénio Leite

Diretor Clínico, Médico Oftalmologista, Cirurgião

Foto da Emília Cardoso

Dra. Emília Cardoso

Oftalmologista

Foto do Filipe Henriques

Dr. Filipe Henriques

Oftalmologista

Ortóptica

Rita Jerónimo

Rita Jerónimo

Ortóptica

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Ort. Sara Mata

Foto da Susana Silva

Ort. Susana Silva

Ortóptica

Enfermagem

Foto da Patrícia Mariano

Enf.ª Patrícia Mariano

Foto da Odete Borges

Enf.ª Odete Borges

Serviços

Geral, Contactologia, Estrabismo, Glaucoma, Implanto-Refrativa, Neuro-Oftalmologia, Óculo-plástica, Oftalmologia pediátrica, Refrativa, Retina Cirúrgica, Retina Médica, Subvisão.

Angiografia Fluoresceínica Digital, Angiografia Tomográfica de Coerência Óptica (OCTA Angiography – sem contraste), Avaliação Extensa dos Campos Visuais, Avaliação Ortóptica, Biometria c/ cálculo de potência de LIO, Cordimetria, Esquiascopia, Estudo Ecográfico, Exame do Sistema Lacrimal, Microscopia Especular, Retinografia, Teste de Estereopsia, Teste de Hemoglobina Glicada A1c, Teste de Visão Cromática, Tomografia de Coerência Óptica (OCT), Topografia Corneana.

Teste Rápido de Diagnóstico à Covid-19 (antigénio com zaragatoa).

Teste Serológico (de imunidade) à Covid-19.

Laser Argon, Laser E-Eye (Olho Seco), Laser Iridex, Laser Yag, Tratamentos de Ortóptica e Injeções intravítreas.

Catarata, Cirurgia da Córnea (Queratocone), Estrabismo, Glaucoma, Implanto-Refrativa, Laser Refrativo (miopia, hipermetropia, astigmatismo), Óculo-plástica, Retina cirúrgica.

Patologias

A miopia é um erro refrativo que afeta a qualidade da visão de longe, afetando cerca de 15 por cento da população portuguesa. Na maioria dos casos, aparece entre os 6 e os 16 anos, podendo ser influenciada pela base genética ou por fatores ambientais, como os esforços visuais prolongados e repetidos em condições de má iluminação e em posturas inadequadas.

Dado que o indivíduo faz um grande esforço para visualizar melhor os objetos, ao franzir as sobrancelhas e as pálpebras, após utilizar a vista durante um determinado período de tempo, costuma ser afetado por dores de cabeça. Para além disso, ao fim do dia, os olhos costumam estar cansados, vermelhos e sensíveis à luz (fotofobia).

Quando a miopia é elevada e progressiva, a complicação mais grave corresponde ao descolamento da retina.

Alguns dos sinais prendem-se com piscar os olhos, aproximar-se demasiadamente da TV e dos livros, não ver bem ao longe, nomeadamente o quadro da sala de aula, e ocasionalmente queixar-se de dor de cabeça.

A miopia pode ser corrigida de três maneiras: óculos, lentes de contacto e cirurgia.

A hipermetropia é um erro refrativo que afeta maioritariamente a qualidade da visão de perto.

Os sinais e sintomas são semelhantes aos do astigmatismo: cansaço ocular, dores de cabeça, sensação de peso nos olhos, lacrimejo,ardor e dificuldade em ver ao perto. Nas crianças, pode ser acompanhado de estrabismo, devido ao esforço que fazem para ver melhor ao perto.

A hipermetropia pode ser corrigida de três maneiras óculos, lentes de contacto e cirurgia.

É uma alteração na visão devido a irregularidades na córnea ou na sua curvatura (mais oval), o que provoca uma alteração na refração do olho causando visão desfocada ao perto e ao longe. Pode ter origem hereditária ou traumática ou simplesmente desenvolver-se ao longo dos anos. Uma pessoa pode ter em simultâneo astigmatismo e miopia ou hipermetropia.

Quando o astigmatismo é ligeiro, os sintomas passam despercebidos a algumas pessoas. Nos casos com maior grau de astigmatismo pode surgir cansaço ocular (astenopatia), dores de cabeça e visão desfocada.

O astigmatismo pode ser corrigida de três maneiras óculos, lentes de contacto e cirurgia.

A presbiopia é uma mudança fisiológica que ocorre com a idade em que a flexibilidade do cristalino diminui, e é um fenómeno inevitável. Com o avançar da idade, o cristalino perde elasticidade, e o poder de acomodação dos olhos reduz-se.

Os sintomas da presbiopia podem começar a fazer-se sentir a partir dos 40 anos. Contudo, o momento exato do seu aparecimento depende de diversos outros fatores, tais como os erros de refração. Assim, uma pessoa míope, normalmente, só necessita de correção mais tarde.

Os sintomas mais referidos são dor nos olhos durante a leitura, impossibilidade de focar os objetos que se encontram mais próximos durante períodos prolongados, dores de cabeça, cansaço ocular e visão desfocada.

A presbiopia pode ser corrigida com óculos ou lentes de contacto.

A astenopia é definida como a sensação de fadiga visual, sendo muito comum em adultos mas também em crianças. Pode resultar de diversas causas, como erros de refração não corrigidos, desequilibro dos músculos extraoculares, insuficiência de acomodação e iluminação inadequada. Dos seus sintomas fazem parte o lacrimejo excessivo, prurido, visão dupla ou desfocada, dor nos olhos, cefaleias, cansaço na leitura, sensação de areia nos olhos, secura ocular e vermelhidão.

Esta condição está frequentemente relacionada com situações prolongadas de convergência e acomodação, como em longos períodos de leitura ou de trabalho ao computador.

O estrabismo, habitualmente designado por “olho torto”, é um desalinhamento ocular constante ou ocasional. A população mais afetada é a infantil, sendo muitas vezes congénito, mas também pode surgir em adultos.

As formas mais frequentes de estrabismo são: o estrabismo convergente, se um dos olhos desvia para dentro, e o estrabismo divergente, se desvia para fora. Se um dos olhos desvia para cima ou para baixo temos um estrabismo vertical.

As crianças tendem a usar menos o olho desviado, levando a que este fique “preguiçoso”. A esta redução da visão chama-se ambliopia.

Existem, no entanto, alguns sinais que nos podem indicar a presença de um estrabismo: a criança que fecha um dos olhos ao sol, que roda ou inclina a cabeça para ver melhor, que entorta um olho quando fixa um objeto próximo ou quando está distraída.

Os objetivos do tratamento do estrabismo são preservar ou recuperar a visão, alinhar os olhos e restaurar a visão binocular. Podemos dividi-lo em duas partes: o tratamento da ambliopia e a correção do desvio. O estrabismo severo pode requerer cirurgia.

A ambliopia, tipicamente conhecido como “olho preguiçoso” é uma anomalia caracterizada pela diminuição da capacidade visual em um ou ambos os olhos, que não melhora com correção óptica, nem com cirurgia. 

Esta condição ocorre em cerca de 4% da população infantil, devido condições que impedem uma  estimulação adequada do sistema visual durante o período crítico de maturação visual (até sensivelmente 10-12 anos). Pode ocorrer por: privação luminosa: em diagnósticos de catarata congénita; privação das formas: devido a erros refrativos elevados não corrigidos; interação binocular anormal: em casos de estrabismos não tratados.

Quando é detetada e tratada precocemente através da correção da sua causa e da estimulação visual, a ambliopia pode ser reversível. Pelo que o tratamento passa por uma primeira fase a adaptação de óculos (quando assim se justifica), ou cirurgia para tratar a origem do problema (catarata ou estrabismo), e após isso pela recuperação da capacidade visual – através do tratamento oclusivo. A oclusão (tapar o olho saudável, para estimular o olho de menor visão) pode ser total ou parcial, o médico oftalmologista e/ou o ortoptista definem o esquema terapêutico (p.e.  quantas horas tapa por dia e durante quantos dias, se tem dias de descanso ou se faz oclusão sem interrupção). O sucesso do tratamento da ambliopia dependerá de vários fatores, como a idade (quanto mais precocemente for detetada, mas plasticidade neuronal haverá para corresponder melhor ao tratamento), gravidade da ambliopia (se a perda visual é profunda ou não), e sobretudo da compliance (adesão ao tratamento), onde criança, familiares e educadores têm um papel fundamental.

A presença de ambliopia afeta o rendimento escolar, estilo de vida, a prática de desporto e posteriormente a escolha de uma carreira, e neste caso a prevenção é o melhor tratamento, pois detetada após os 12 anos de idade, dificilmente se recupera a visão do olho “preguiçoso”.

O queratocone  é uma patologia onde a córnea adquire a forma cónica, provocando alterações na sua curvatura e, consequentemente, na qualidade da visão. Normalmente, o queratocone manifesta-se na adolescência, entre os 15 e 20 anos de idade. 

Muitas pessoas não percebem que têm queratocone porque a sua patologia é tratada como miopia e astigmatismo. O diagnóstico nas suas fases iniciais torna-se mais difícil. Geralmente, pacientes com queratocone têm modificações frequentes nas prescrições dos seus óculos num curto período de tempo. São frequentes relatos como diplopia (visão dupla) no olho afetado, visão distorcida, principalmente ao longe, e por vezes sensibilidade anormal à luz.

O tratamento do queratocone pode ser feito com a utilização de óculos (nas fases iniciais), lentes de contacto ou cirurgicamente. O método cirúrgico pode ser através de  Crosslinking – desenvolvido recentemente, para o queratocone e outras doenças ectásicas da córnea , através de uma técnica que permite aumentar a resisência bio-mecânica da córnea e, assim, parar a progressão da doença); ou com a colocação de segmentos de anéis corneanos intra-estromais, que têm como objetivo retardar e prevenir o transplante de córnea. A colocaçãoo de aneiss é um tratamento eficaz com melhoria na acuidade visual e redução do erro refrativo.

A conjuntivite é uma inflamação de uma membrana fina, a conjuntiva, que reveste a parte branca do olho (a esclera) e a parte interna da pálpebra – conjuntiva bulbar e a conjuntiva tarsal. A conjuntivite pode ter uma causa alérgica, bacteriana ou viral. Pode afectar um ou ambos os olhos. 

Sintomas: olho vermelho (hiperémia), secreção, comichão, lacrimejo, desconforto, secura palpebral, intolerância à luz, “olhos colados ao despertar”, inchaço palpebral (edema), 

Tratamento: colírio antibiótico e/ou colírio anti-histamínico, lágrimas artificiais, higiene adequada das pálpebras. O tratamento deverá ser ser sempre adequado ao tipo de conjuntivite observada. 

A utilização de lentes de contacto é completamente desaconselhada até os sintomas desaparecerem.

Cuidado com a propagação, pois a conjuntivite viral é altamente contagiosa.

Sintomas: “caspa” na base das pestanas, olho vermelho, ardor e comichão, lacrimejo, pálpebras inchadas e avermelhadas, crostas no bordo das pálpebras, sensação de areia nos olhos, hipersensibilidade ao fumo, ao vento, a cloro das piscinas, às lentes de contacto e aos conservantes das gotas oculares.

 

Causas: A inflamação das pálpebras tem origem no mau funcionamento de pequenas glândulas existentes na margem das pálpebras. Em condições normais estas glândulas produzem uma secreção gordurosa, que ajuda a lubrificar a superfície ocular e que evita a evaporação das lágrimas. 

Nos casos de blefarite as glândulas ficam obstruídas, havendo acumulação das secreções no seu interior e nos bordos palpebrais. Estas secreções, difíceis de remover com a lavagem normal dos olhos, servem de alimento às bactérias que vivem na pele das pálpebras. Os bordos palpebrais ficam vermelhos e inflama-dos, e formam-se pequenas crostas. Há descamação da pele junto às pestanas – caspa das pestanas. 

 

Neste quadro, a infecção bacteriana é quase inevitável, dado que a acumulação de detritos favorece o crescimento das bactérias que normalmente existem no local. A gravidade da blefarite varia muito de doente para doente, desde uma leve irritação, que aparece e desaparece ciclicamente, até uma situação grave que pode afectar a visão do doente. 

 

Tratamento: A blefarite é uma doença crónica e cíclica, que exige do doente alguma disciplina para que o tratamento seja bem sucedido. Dependendo da gravidade da blefarite, e da resposta do doente, é necessário complementar a higiene local com medicação. 

Manter uma higiene adequada das pálpebras, bordo das pálpebras e pestanas, podemcontribuir de forma importante para a melhoria dos sintomas, reduzindo os sinais deinflamação.

 

Sugestões para aliviar os sintomas 

APLICAR CALOR: Aquecer duas compressas normais e aplicar durante 10 minutos sobre as pálpebras fechadas. Isso ajudará a fluidificar as secreções oleosas contidas nas glândulas. MASSAJAR AS PÁLPEBRAS: Lavar bem as mãos. Massajar a pálpebra inferior com movimentos de dentro para fora.Exercer uma ligeira pressão com os dedos de forma a expulsar as secreções. TRATAMENTO DAS PÁLPEBRAS: Com o olho fechado, aplicar delicadamente uma compressa sobre as pálpebras e na base das pestanas.Massajar delicadamente as pálpebras em pequenos movimentos circulares. Repetir a operação para o outro olho, utilizando uma nova compressa. Proceder assim, em média, duas vezes por dia, de manhã e à noite.

 

Medicação: Lágrimas artificiais são usadas para o tratamento de desconforto e da irritação ocular. Em determinadas situações, o oſtalmologistapode optar pela utilização de lágrimas artificiais em unidoses, mais bem toleradas. É importante frisar que as unidoses devem ser usadas imediatamente após a sua abertura, não se devendo guardar os conteúdos eventualmente não utilizados. Antibióticos são usados em gotas oculares ou pomada, para tratamento local da infecção palpebral. Em situações mais graves pode ser necessário recorrer a antibióticos sistémicos. 

Corticóides são utilizados para o tratamento de inflamaçãograve. Uma vez que os corticóides oculares podem provocar efeitos secundários (catarata, glaucoma, etc.) quando usados duranteperíodos de tempo alargados, a sua utilização deve ser limitada.

Embora não seja possível distinguir a olho nu, o filme lacrimal tem 3 camadas distintas: Uma camada oleosa muito fina,que está em contacto com o ar , e cuja principal função é evitar que as lágrimas se evaporem;OLHO SECO

3 Uma camada aquosa, intermédia, que assegura a nutrição dos olhos (tem vitaminas e minerais) e protege os olhos de corpos estranhos potencialmente perigosos; Uma camada de mucina, que está em contacto directo com a superfície ocular, e que é responsável pela adesão das lágrimas aos olhos para formar uma película protetora transparente

 

Sintomas: Sensação de areia nos olhos;Irritação dos olhos em ambientes com fumo ou ar condicionado;Ardor;Comichão;Dificuldade em suportar a luz (fotofobia);Olhos vermelhos e dolorosos. 

Causas: A idade é uma causa muito importante de “olho seco”. A produção de lágrimas diminui com a idade, em ambos os sexos, mas principalmente nas mulheres após a menopausa.DoençasExistem várias doenças que podem causar “olho seco”, como sejam:Inflamações oculares (conjuntivite, blefarite);Artrite reumatóide;Lúpus eritematoso disseminado;Síndrome de Sjogren;Diabetes;Doenças dos rins ou da tiróide. 

MedicamentosAlguns medicamentos reduzem a produção de lágrimas, tais como:Pílula contracetiva;Diuréticos;Anti-histamínicos;β-bloqueantes (medicamentos para o tratamento do glaucoma ou da hipertensão arterial);Tranquilizantes e antidepressivos.Condições ambientaisA exposição a ambientes poluídos, ao fumo do tabaco, ao ar condicionado/aquecimento central ou ao vento aumenta a evaporação das lágrimas e pode causar “olho seco”.Fixação prolongada do olharO pestanejar é muito importante para a distribuição das lágrimas sobre a superfície ocular e para a estimulação da sua produção. Sabe-se que pestanejamos muito menos quando estamos muito tempo concentrados a ler, trabalhar no computador, a ver televisão ou a conduzir. 

Tratamento: O “olho seco” pode ser controlado com sucesso, desde que sejam seguidas as indicações do oſtalmologista,não só em relação aos medicamentos a tomar, mas também aos cuidados a ter para evitar que a situação se agrave.Assim, se sofre de “olho seco” deve, à partida, evitar permanecer em locais sobreaquecidos ou com ar condicionado, evitar a exposição direta ao vento e evitar ambientes com fumo (o fumo do tabaco, em especial, é um agente altamente perturbador da lágrima).Para além destes cuidados ambientais, existe o tratamento propriamente dito:Lágrimas artificiaisO tratamento mais corrente do “olho seco” passa pela utilização de lágrimas artificiais,que substituem as lágrimas naturais em falta, lubrificandoe protegendo os olhos, e que devem ser usadas as vezes necessárias para evitar os aparecimentos dos sintomas. As lágrimas artificiaisestão disponíveis em frascos conta-gotas e em embalagens individuais (unidoses). As unidoses são especialmente indicadas para “olhos secos” muito sensíveis, nos casos em que seja necessário aplicar lágrimas muito frequentemente (mais do que 6 vezes por dia), e para portadores de lentes de contacto. Quando os sintomas são mais graves pode-se usar lágrimas artificiais em gel ou pomada.Redução da drenagemO oſtalmologistapode optar por fechar os orifícios de saída das lágrimas (de forma temporária – com silicone ou colagénio, ou de forma permanente – recorrendo a cirurgia ou diatermia) com o objectivo de conservar durante mais tempo nos olhos as lágrimas naturais ou artificiais.Para terminar, resta lembrar que o “olho seco” não sendo, na maior parte das vezes, uma situação grave é, geralmente, uma situação crónica. Por isso, se tem “olho seco”, deveconsultar regularmente o seu médico oſtalmologista.Nunca se esqueça que, nesta situação, depende muito de si manter a saúde dos seus olhos… porque eles são um bem precioso!

A catarata é uma alteração que aparece com a idade ou em consequência de uma doença sistémica. Com o avançar da idade, o cristalino endurece e perde transparência, o que resulta numa visão turva ou imperfeita.
Os doentes com cataratas podem apresentar um ou alguns dos seguintes sintomas: sensibilidade à luz ou deslumbramento, especialmente à luz solar intensa ou aos faróis dos outros carros ao conduzir; redução da noção de profundidade; aumento das dificuldades de leitura, o que requer múltiplas mudanças de óculos; perda das cores vivas; distorção ou imagens fantasma; turvação ou escurecimento das imagens; diminuição da acuidade visual. 

Ainda que a catarata ocorra usualmente em ambos os olhos, raramente se desenvolve ao mesmo tempo. 

Há outros tipos menos comuns de cataratas e que não estão relacionadas com o envelhecimento, como a catarata congénita, catarata secundária ou catarata traumática.

A cirurgia é o único meio para remover a catarata, sendo que nenhum outro tratamento a pode remover, quer sejam gotas, exercícios ou óculos.

A catarata é uma alteração que aparece com a idade ou em consequência de uma doença sistémica. Com o avançar da idade, o cristalino endurece e perde transparência, o que resulta numa visão turva ou imperfeita.

A cirurgia é o único meio para remover a catarata, sendo que nenhum outro tratamento a pode remover, quer sejam gotas, exercícios ou óculos.

Atualmente, há duas técnicas para a realização da cirurgia de catarata, a técnica convencional, chamada de facoemulsificação, e o laser, uma cirurgia inovadora e de vanguarda. A consulta e exames pré-operatórios serão decisivos para a escolha da técnica mais adequada.

Após a remoção da catarata, independentemente da técnica, é implantada ou colocada uma lente intra-ocular no espaço da antiga catarata. Esta nova lente intra-ocular vai permitir a focagem do feixe luminoso na retina. A lente intra-ocular vai tornar-se parte permanente do olho, ao contrário das lentes de contacto que são retiradas e colocadas diariamente. 

O atual procedimento permite que não haja necessidade de tapar o olho operado, devendo somente repousar com tranquilidade e depois regressar a casa. Esta tranquilidade é essencial para evitar complicações, nomeadamente hemorragias, infeções ou outro tipo de problemas.

A retinopatia diabética é uma doença ocular motivada por altos valores de glicémia no sangue. Esta patologia é uma das complicações da diabetes e é uma das principais causas de cegueira nos adultos, podendo aparecer tanto nos diabéticos tipo 2 como os tipo 1. A retinopatia diabética surge, geralmente, ao fim de alguns anos, manifestando-se mais cedo na diabetes tipo 1 do que na tipo 2. Esta não só está dependente dos valores de glicémia, mas também de outros fatores como a hipertensão arterial, o colesterol, hábitos tabágicos e a hereditariedade. 

A retinopatia diabética pode ser dividida em vários graus ou fases de evolução da doença, consoante as lesões apresentadas na retina, e pode causar perda de visão severa ou até mesmo conduzir à cegueira.

 Um controlo adequado dos níveis de açúcar no sangue retarda não só o aparecimento e a progressão da retinopatia como a necessidade de tratamento com laser, de forma a preservar a visão. O diabético deve fazer exame de fundo ocular no médico oſtalmologista pelo menos uma vez por ano.

Na fase inicial, a retinopatia diabética é assintomática, sendo que a visão turva é um dos sintomas mais frequentes e ocorre, habitualmente, quando a mácula tem edema e quando os neo-vasos se rompem e sangram para o vítreo. 

O tratamento com laser e a vitrectomia são ambos muito eficazes na redução da perda de visão nos casos mais graves, apresentando altas taxas de sucesso, todavia, não curam esta patologia. Se perdeu a maioria da visão pela retinopatia diabética, existem formas de melhorar a sua qualidade de vida, através de vários meios designados de ajudas óticas de baixavisão (óculos, lupas, telescópios, computadores, etc). 

A DMI é uma doença que atinge principalmente pessoas com idade superior a 65 anos, e que resulta do “envelhecimento” da mácula, a zona mais sensível da retina. Existem duas formas de DMI: a forma “seca” e a forma “húmida”. Embora atingindo um número mais reduzido de doentes, a DMI “húmida” é a responsável pela maioria dos casos de cegueira relacionados coma DMI. Nas situações de DMI “húmida”, há aparecimento de vasos sanguíneos anormais (neovascularização) que acabam por rebentar e dar origem a hemorragias e cicatrizes no fundo do olho. É caracterizada pelo aparecimento de lesões na retina que causam alterações na sua estrutura e, consequentemente, perda progressiva da visão.

Os sintomas desta patologia são  manchas escuras ou esbranquiçada no centro do campo visual, imagens distorcidas ou enevoadas e alteração da visão das cores, passando o doente a ter dificuldade em ler e escrever, reconhecer faces e ver televisão. 

 Uma alimentação saudável pode retardar ou reduzir a gravidade da doença. O fumo do tabaco está associado a um maior risco de DMI e a exposição aos os raios azuis e U.V. da luz solar parecem acelerar a patologia. A retina destruída pela DMI não pode ser recuperada, e a perda de visão é permanente. No entanto, já existem tratamentos que impedem ou retardam a progressão da doença. Os tratamentos disponíveis vão desde a utilização de antioxidantes, até à cirurgia para remoção de membranas neovasculares e à fotocoagulação por laser.

O glaucoma pertence ao grupo de Neuropatias ópticas progressivas que leva a uma degeneração progressiva das células ganglionares da retina, e que resulta numa lesão ao nivel do nervo óptico causando perda de visão.

 

As lesões no nervo óptico devem-se ao aumento da pressão no interior do olho causada pela acumulação de humor aquoso. O humor aquoso é um “liquido transparente” que é produzido na parte posterior da íris e drenado na parte anterior, no ângulo formado entre esta e a córnea e que, em condições normais, flui continuamente dentro do olho.

 

Existem vários tipos de glaucoma:

O glaucoma de ângulo aberto, que é a forma mais frequente, caracterizado pelo aumento da pressão interior do olho. Inicialmente, este não apresenta qualquer sintoma. À medida que o glaucoma se mantém sem tratamento, as pessoas com glaucoma irão perder, de uma forma lenta, a sua visão periférica. Com o passar do tempo, a visão central pode diminuir, até que deixa de existir qualquer visão. 

O glaucoma de baixa pressão ou glaucoma de pressão normal, a lesão do nervo ótico e estreitamento da visão ocorrem em pessoas com pressão ocular normal. 

No glaucoma de ângulo as pessoas apresentam um aumento súbito da pressão ocular. Entre os sintomas inclui-se dor acentuada e náuseas, bem como rubor ocular e visão turva. Caso desenvolva estes sintomas é necessario procurar tratamento imediato. Sem tratamento que melhore o fluxo do líquido, o olho pode cegar em apenas um ou dois dias. 

O glaucoma congénito, em que as crianças nascem com um defeito no ângulo do olho que reduz a velocidade de drenagem normal do líquido. 

O glaucoma secundário pode desenvolver-se como complicações de outras doenças. Estes tipos de glaucoma encontram-se por vezes associados a cirurgia ocular ou catarata avançada, lesões oculares, determinados tumores oculares ou uveíte (inflamação ocular). O glaucoma pigmentar ocorre quando o pigmento da íris se solta e bloqueia a rede, reduzindo a velocidade de drenagem do líquido. Existe ainda uma forma grave, denominada glaucoma neovascular.

 

Entre as terapêuticas disponíveis para o glaucoma, incluem-se medicamentos, trabeculoplastia laser, cirurgia convencional ou uma combinação destas. A redução da pressão ocular em pelo menos 30%, através de medicamentos, reduz a velocidade de progressão da doença. Embora estes tratamentos possam manter a visão que resta, não conseguem melhorar a visão que já foi perdida pelo glaucoma.